terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sinto que fiz asneira mas confesso que não tenho a mínima ideia do que possa ter feito. A última vez que nos vimos, há quase três meses, queria-te abraçar forte, mas sempre que os meus olhos tocavam nos teus viravas a cara, percebi que havia alguma coisa de errado e o que isso me doeu.Que saudades eu tenho da minha leitora, da minha conselheira. Que saudades eu tenho de ouvir-te dizer “não sei como adivinhas, mas eu estava mesmo a precisar de umas palavras assim, de um carinho assim…”, naquela carta que te pus na bolsa sem saberes, eu chamei-te de minha segunda mãe lembras-te? Fizeste-me mudar tanto de todas aquelas vezes que me agarravas na mão e me falavas olhos nos olhos, fizeste-me sentir tão orgulhosa quando me contas-te a história do teu pai… mudas-te a minha vida sabes? A recordação nunca se apaga, as memórias que tenho tuas estão presentes em mim da mesma forma que quase todos os dias vejo a nossa fotografia, da mesma forma que leio de vez em quando o papelinho que tenho na carteira com o teu e-mail, a tua letra ali escrita, a mesma com que um dia chegas-te a escrever para mim. Nunca ninguém me chegou a descobrir como tu me descobriste e foi isso que te destacou de todos os professores.



As coisas nunca foram fáceis, o fácil nunca foi o melhor para ninguém não é verdade? 

Sinto muito a tua falta, Ana Esteves.

2 comentários:

  1. era muito bom mesmo, mas nós também sabemos que eles com o tempo acabam por se aperceberem disso apenas não o demonstram para não deitarem a fama de "machões" por água abaixo. obrigada querida, é sempre muito bom saber isso :)

    ResponderEliminar
  2. Disseste tudo lindamente, gostei. Muita força para ti.
    E obrigada pelas palavras.

    ResponderEliminar